terça-feira, 28 de setembro de 2010

Meu estilo não é, está

"A roupa deve ser, antes de tudo, cômoda e prática. É a roupa que deve adaptar-se ao corpo e não o corpo que deve deformar-se para adaptar-se à roupa."
(Coco Chanel)

Já me disseram que sou sensível. Também que sou má (ou variações da palavra). Não é ser, é estar. Nossa língua tem essa nuance tão interessante. Já disseram que meu estilo é romântico (floral, babado, xadrex). Às vezes. Também pode ser clássico ou fashion. Depende do dia ou da ocasião. Também da circunstância: roupa para dar aula não é a mesma que para passear no Jardim Botânico. Às vezes, é tudo tão corrido, que não tenho estilo. Acho bacana quando as pessoas sempre dedicam um tempo a escolher a roupa. Às vezes, eu só sou escolhida.
De qualquer forma, como disse Chanel, jamais devemos forçar a barra para o estilo caber em nós. Nós é que precisamos caber no estilo. Quando não conciliáveis, o conforto precisa prevalecer ao gosto. Acho lindos os saltos altos, mas, no dia a dia, conto com a praticidade das sapatilhas e saltos baixos. E eu prefiro beleza preservada (com filtro solar!) à falsificada (com muita maquiagem).
Chanel também disse que a moda passa, o estilo fica.
Mas, para mim, mesmo o estilo tem direito de ser mutante. Não só ser, estar.

domingo, 19 de setembro de 2010

Coco Chanel


Iniciei um curso sobre Coco Chanel, com a professora Elzinha, da USC (www.usc.br - Central de Talentos).
Por que este curso? Para mim, em primeiro lugar, porque a vida não precisa funcionar de maneira tão utilitarista: um curso relacionado à moda não precisa ser, necessariamente, apenas "para se vestir melhor". Enfim, interessa-me passar algumas horas agradáveis conversando sobre aquela que foi uma revolucionária na moda e no comportamento das décadas de 1910 e 1920.

De cara, dois aspectos chamam a atenção na história de CHANEL:

- SUA CAPACIDADE OBSERVADORA. Chanel teve uma infância pobre, tornou-se órfã aos 12 anos e, de certa forma, transformou isso no contrário do que poderia ser uma limitação. Aliou, à sua inspiração e estilo próprio, uma extrema criatividade e praticidade. Suas dificuldades parecem ter expandido o seu jogo de cintura: ora, se o mercado estava escasso para um tecido, partia para outro! Sempre conjugando CONFORTO, ELEGÂNCIA e PRATICIDADE.

Já aqui, podemos tirar uma lição de Chanel para muito além da moda: se as condições não estão fáceis, driblemos os condições. E façamos o melhor possível. Se as circunstâncias não são lá perfeitas, apostemos mais na percepção.

- SUA INSPIRAÇÃO DEMOCRATIZADORA. Chanel foi uma personalidade exclusiva como poucas. No entanto, mais do que se situar num pedestal, vibrava com a democratização de sua moda. Gostava de ser copiada, pensava uma moda capaz de conciliar elegância, bom gosto, praticidade e, ainda, ser acessível para todos. Exemplo disso são as bijuterias que ela introduz na composição dos figurinos, mesclando-as com as joias. Sorte, pois, como comentou uma colega de curso, se até hoje somente as joias fossem permitidas, os pescoços estariam sob risco.
Pois, mesmo amando as joias, especialmente o colar de pérolas, Chanel soube dividir com todas as mulheres o encanto de se enfeitar.

Sem dúvidas, uma biografia feminina forte.
Ah, quem me conhece sabe que pelo menos um aspecto nela não vou admirar: o fumo. Chanel roupeu tabus, entre eles, o de, sendo mulher, fumar em público. Pelo jeito, tinha um pulmão forte, pois morreu aos 87. Eu, só pelo fumo passivo, vivo com a respiração encrencada. Mas, vá lá, admirar uma personalidade não é concordar com todos os seus aspectos. Prefiro o perfume do Chanel número 5 (aliás, o primeiro a levar o nome da estilista que o criou).

Mais novidades, semanalmente. Cobertura do curso aqui no estilo FASHION mix by Érika.