domingo, 7 de novembro de 2010

Mulheres, perfumes e fases


Já que estamos falando em Coco Chanel, vale registrar que ela foi a primeira estilista a ter um perfume com seu próprio nome, o famoso Chanel Nº 5.

A fragrância foi criada em 1921 por Ernest Beaux, famoso perfumista da época, a pedido de Chanel, que queria "um perfume de mulher com cheiro de mulher". O perfume reúne mais de 65 substâncias, entre elas rosas, jasmins de Grasse, flores raras do oriente, sândalo e a luxuosa essência do pau-rosa, árvore tropical ameaçada de extinção que, por sua fragrância, encantou os europeus desde o século XVIII.

É o perfume mais vendido no mundo em quatidade de países (140 países) e ganhou esse nome porque, de dez amostras, Chanel escolheu a quinta. Entre outras coisas, foi imortalizado pela frase de Marilyn Monroe: "durmo apenas com duas gotas do Chanel Nº 5".

E, por falar em perfumes, mulheres tem fases. Fase de roupas, fase de sapatos, fase de chocolates... (um amigo perguntaria: e por que nunca a fase da maçã?). E eu estou na fase dos perfumes, femininos e masculinos (estes últimos para meu marido).

Gostava (e gosto) do Laguna (Salvador Dali), mas estou num caso de amor com Femme de Mont Blanc (que, diferente das vendedoras, eu pronuncio "fãme", já que estudei francês). Também quis um Carolina Herrera 212 (escolhi o Sexy, floral refrescante, descrito como sendo "para a mulher moderna, que vive intensamente cada momento de sua vida"), já que tenho óculos de grau para descanso com o mesmo nome (escolhi pelo modelo e cor, e acho engraçado ter óculos com nome de perfume). Estou paquerando o J'adore de Dior, mas perfumes têm data de validade e nem posso me emperfumar tanto (alergias atacam). E o vidro de Glamour Secrets de O Boticário é tão lindo!

Para o marido, testei (nele, rss...) alguns masculinos e elegi como preferido o Individuel de Mont Blanc. Também é ótimo o Lacoste Essential, voltado, segundo a marca, ao homem "de espírito clássico e elegante, harmonizado com a paixão pela vida esportiva".

Sim, as propagandas de perfumes são divinas e influenciam essa vontade!
E tem que ser original. Uma vez até já adquiri "genérico", mas não é a mesma coisa. Consegue-se reproduzir o cheiro, mas não a fixação. E não tem o mesmo glamour do frasco.

Preciso mesmo ir à França. Análise do Discurso Francesa, Maingueneau e Alice Krieg-Planque, Torre Eiffel, Louvre, Maison de Chanel...


Meu mundinho perfumado

Vai parecer que o post é patrocinado. Mas não é. Apenas coisinhas e cheirinhos que me encantam. Aroma também é estilo.

Brincando de estilo



Minha mãe achou a minha cara esse vestido jeans da Riachuelo, então, resolvi passar lá e adquirir. Gostei dos babados assim meio retrô. Misturei com o casaquinho palha Espaço Fashion (Gaby Sampaio) e, na cintura, um lenço que ganhei da minha sogra há bastante tempo. Não sei se agrada a gregos e troianos (o que agrada?), mas a mim agradou.
Adoro ter um tempinho para escolher as peças, coisa muito rara nos dias de semana.

Abaixo, o mesmo jeans com outros acessórios.

A flor Camélia


Na França do início do século XX, como ensina a professora Elzinha, a camélia era símbolo de um pessoal nada convencional: atrizes, cantoras, dançarinas de cabaret e, sobretudo, prostitutas. E como Coco Chanel nada tinha de convencional, identificava-se com essa flor, gostando de se enfeitar com ela.
A flor - originalmente confeccionada em organza branca - aparece, então, como um adorno característico da grife da estilista, geralmente em forma de broche. Vem sendo repaginada ao longo das décadas e se tornou um dos símbolos da grife, presente em acessórios, roupas e até nas embalagens de presente da maison.
Ou seja, o que era coisa de "gente baixa" se tornou artigo de luxo. Inclusive, a marca Chanel possui agora uma pequena linha de joias chamada Coleção Camélia.

E lá estamos nós confeccionando uma flor camélia no curso. Bem, na verdade, eu que mal pego em linha e agulha, vou fazendo a cobertura jornalística da confecção. E sorte que tem a colega Sueli para me presentear com uma flor! Fazer curso é bom por isso também: além de aprender, conhecer gente especial.


Sueli e professora Elzinha trabalhando na flor Camélia.